Uma das apostas é atender, sobretudo, os mercados industriais e comerciais no Brasil com aluguel e até comercialização de baterias
A Comerc Energia, uma das maiores comercializadoras e gestoras de energia do País, acaba de anunciar um investimento da ordem de R$ 65 milhões em unidades de eficiência energética e iniciativas de armazenamento de eletricidade em baterias à partir de 2019.
O anúncio foi feito pelo próprio presidente da Comerc Energia, Cristopher Vlavianos durante o workshop promovido pela companhia no dia 11 de dezembro, na cidade de São Paulo. O evento, que debateu as principais tendências do mercado para 2019 e o uso de baterias para o armazenamento de energia, reuniu membros da imprensa brasileira, autoridades do setor elétrico, representantes de entidades de classe e executivos do mercado.
Uma das apostas da Comerc para os próximos anos é atender, sobretudo, os mercados industriais e comerciais no Brasil com aluguel e até comercialização de baterias. O plano de investimento da empresa já prevê a instalação de três projetos logo no começo do próximo ano, sendo dois na região Sudeste e um no Nordeste. Para 2019, a companhia trabalha com um incremento na carga total de energia da ordem de 4%.
Uma das grandes vantagens do armazenamento de energia é a utilização do sistema nos chamados “horários de ponto”, períodos em que a distribuidora cobra mais caro pela eletricidade, além de substituir os geradores a diesel de uma forma mais barata e menos poluente. Também serve como um importante recurso de segurança em caso de problemas no fornecimento.
Outro fator decisivo é a combinação das baterias com o abastecimento por sistemas fotovoltaicos, medida que já é uma realidade de eficiência energética em economias desenvolvidas como Austrália e Alemanha. Especialistas projetam um grande mercado nesta área no Brasil, dado o recurso solar abundante e de alta qualidade e o crescimento exponencial da geração solar distribuída.
Dados recentes do setor mostram que a geração solar distribuída, embora esteja em franco crescimento no País, com uma capacidade instalada que ultrapassa 500 megawatts (MW) e investimentos acumulados de R$ 2,5 bilhões, tem um enorme potencial de desenvolvimento, já que representa atualmente menos de 0,01%, da demanda local, num universo de 80 milhões de unidades consumidoras no País.